A CERTEZA DA IMPUNIDADE

Um episódio lamentavel é o mínimo que se pode atribuir ao fato narrado pela mipibuense Fran Moura. Isto para não dizer do estado de absoluto abandono pelo qual passa o Povo Mipibuense.

É certo que este tipo de violência, e ouço isso desde minha tenra idade, só acomete aos mais humildes. E não queira a turma da giroflex falar de oposição ou de qualquer outro adjetivo próprio dos que sustentam a bandeira do ferreirismo lagoafumense.

Em um país sério este tipo de violência seria punido com os rigores da lei, seja quem fosse o responsável ou os responsáveis. Mesmo em se tratando de uma auto-ridade municipal, a chefe do exe-cutivo, que de chefe responsável não tem nada. Quem nunca soube administrar a sua própria casa.

Mas nós, os mais humildes e filhos da pobreza e do desprezo de uma classe política canalha, uma verdadeira corja de abutres em busca da carniça nossa de cada dia, somos obrigados a suportar toda sorte de desgraças e desventuras desta vida.

É triste vermos casos como este e outros se multiplicarem pela cidade que paga tão bem aos sangue-sugas para nos aviltarem em nossos direitos e nos violentarem de forma tão covarde.

Particularmente, creio no futuro. Mas no futuro feito por quem conhece este chão. Um futuro construído pelo suor do trabalhador que não troca a sua dignidade por uma gratificação de cargo público. Um futuro cimentado pela coragem de enfrentar aqueles e aquelas que tentam massacrar nossa Gente. Aqueles e aquelas, tantos e tantas, que sofrem sob o chicote dos ferreira e, muitas vezes, são surrados e ameaçados de morte na sua própria terra por forasteiros assassinos cruéis e envenenadores do nosso Rio Mipibu.

É a certeza da impunidade!

Povo Mipibuense, atentai!

"Meu nome é Povo Mipibuense. Um sofredor que jamais desistirá de ver um dia, na nossa Terra, a igualdade e a justiça prosperar." (Perceval Carvalho e Conceição Barbosa)