Conversar com a nossa gente é sempre muito bom, principalmente quando a conversa ocorre entre pessoas livres e libertas das amarras dos partidos políticos, preconceitos, dependência econônica de grupos e por aí vai ...
Numa manhã amena mipibuense, alí na esquina das ruas Dr. Pedro Velho com Quinze de Novembro, no Centro, tive a alegria de ser literalmente agarrado pelo braço por um mipibuense, desses que não tem papas na língua e que votou em todas as categorias de políticos da história de São José de Mipibu, do velho ping-pong ao mordaça, que passou a me perguntar se a cidade estava insegura, se o povo sentia medo de estar na rua até mesmo durante o dia, se as polícias não funcionavam e essas coisas que todos e todas sabemos perfeitamente as respostas.
Mas, entre seus comentários, que não esperaram minhas respostas, ele falou-me de algo bastante interessante e que, no meu entendimento, talvez seja uma novidade e, quiçá, uma possível solução.
Disse-me ele:
- Perceval, o povo não mais suporta tanta violência! Mas quem tem a obrigação de resolver o problema não o faz. Veja só, nós pagamos cerca de doze mil reais (R$ 12.000,00) à prefeita, pagamos mais cerca de três mil e setecentos reais (R$ 3.700,00) à cada vereador, pagamos cerca de três mil reais (R$ 3.000,00) à cada um que se senta nas cadeiras de secretário do município, não é verdade? Não devemos esquecer que pagamos ainda cerca de vinte mil reais (R$ 20.000,00) por mês para cada deputado estadual e ficamos por aqui para não alarmar demais. Isso excluindo-se os puxa sacos de plantão que não se sabe quantos vivem surrupiando o nosso dinheiro, o dinheiro do povo sofrido, violentado, assaltado, roubado, massacrado mipibuense. E pergunto, além de pagar tudo quanto a gente precisa de impostos, taxas e tributos, nós ainda somos obrigados a sofrer porque eles não cumprem com as suas obrigações. Isso chega ao extremo do ridículo!
Na verdade, o que deveria existir era o trabalho, a solidariedade e a compaixão. Coisas que não vemos mais na nossa cidade. O povo é atacado e nenhum desses e dessas a quem pagamos, e muito bem, aparecem para mostrar, ao menos, respeito. Estão mais preocupados em gastar o que nos sugam. Quando muito, nos vêm uma equipe policial e vai embora. Estes, coitados, também vitimados pelo abandono das condições dignas de trabalho, pagamentos miseráveis, entre outras mazelas que aqui não cabem, por se alvo de outros debates.
Portanto, se averiguarmos bem de perto, vamos enxergar que gastamos uma média de noventa e cinco mil e trezentos reais (R$ 95.300,00) por mês com esses bem assalariados. Isto contando com E o que eu pergunto é qual é a contribuição deles para com o povo?
Agora vejamos, se cada um desses bem pagos por nós, o povo, dedicasse apenas dez por cento (10%) do que recebem por mês para contribuir com a segurança pública, ou seja, combustível, manutenção de viaturas, alimentação dos profissionais e outras depesas consideradas de pequeno porte, teríamos uma receita mensal de nove mil, quinhentos e trinta reais (R$ 9.530,00). O que, segundo pessoas ligadas ao setor de segurança nos garantem, seria mais do que o suficiente para manter tudo funcionando e um bom atendimento aos cidadãos mipibuenses.
Mas eu pergunto, eles se dispõem a fazer isso? A contribuir para melhorar a qualidade de vida da grande maioria da população que sofre e até morre para garantir os seus gordos salários?
Fica aqui a minha reclamação, Perceval, e se você quizer pode publicar, ou não.
Este cidadão, ninguém pode negar, está completamente certo em suas alegações. Nem de longe ousaria o mais fiel dos giroflaxos a questioná-lo. Suas palavaras são as palavras da grande maioria de nossa gente, daqueles e daquelas que precisam trabalhar para viver e viver com honestidade e dignidade e que a cada vez que toma conhecimento de casos de violência visistam as famílias, prestam-lhes solidariedade, carinho, estendem-lhes a mão.
Aprendi com o meu saudoso Pai, Sargento Perceval, de quem sinto profundo orgulho de ser filho, que temos que respeitar a todos e todas. Mas, que acima de tudo temos que ser respeitados. Que não há liberdade sem respeito e que o homem só é livre quando não vive de favores, mas com dignidade.
só a camara dos vereadores custão ao povo mipibuense R$200.000,00 fora os extras
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