sexta-feira, 9 de novembro de 2012

De fraqueza em fraqueza tem gente enchendo os bolsos

A minha amiga Fran tem toda razão. Tem gente metendo a mão no alheio e, quando pego cometendo o crime, discursando os velhos e calejados chavões que somente colam para a turma do colarinho branco.

Lembro bem de um caso ocorrido, há bem pouco na província, quando um pobre diabo foi execrado em praça pública por "tentar" tomar posse de um bode. Ninguém disse que aquilo foi um ato de fraqueza. Recordo, ainda, que em uma ocasião defendi os direitos daquele pobre ser humano e muitos não entenderam.

É difícil aceitar a condenação sumária de um miserável cujo maior delito foi nascer pobre e ao mesmo tempo ver a turma do "mensalinho" livre, leve e solta, desfilando pelas alamedas provincianas sem qualquer preocupação. A lei deve ser aplicada à todos e todas e a justiça, para ser justa, idem.

É triste ver tanta gente em templos, genuflexa, compenetrada em profunda oração e, ao mesmo tempo, vermos tão poucas AÇÕES humanitárias em defesa da vida e dos direitos de nossa gente, nosso povo. Povo que sofre diuturnamente as dores de uma sociedade corroída pela falta de amor e respeito ao ser humano. Uma sociedade onde o que mais vale é a aparência e de fraqueza em fraqueza tem gente enchendo os bolsos.
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