Por Perceval Carvalho
Para além da reverência dispensada, a sociedade precisa pensar como está tratando os seus cidadãos com deficiência, as pessoas que vivem com algum tipo de limitação.
Hoje, vamos tratar de um dos gargalos e, talvez, um dos mais graves problemas para as pessoas com mobilidade reduzida no Brasil: a acessibilidade e o respeito.
Não é raro ler em jornais, ver na televisão ou redes sociais casos flagrantes de violência contra pessoas com deficiência em locais públicos, estacionamentos e outros, na maioria das vezes locais destinados por lei para estas pessoas.
Você, que neste momento lê este texto, já deve ter testemunhado algum caso em sua comunidade, de calçadas sem rampa, falta de transporte apropriado para cadeirantes, veículos estacionados sobre a rampa de acesso para deficientes e sem qualquer fiscalização por parte dos governos. Uma vergonha nacional que viola os direitos humanos e que cotidianamente se repete sem providências.
Apesar de algumas ações afirmativas que se vislumbram aqui e ali, a realidade das ruas desmascara qualquer dado governamental. Bastando para provar o que se aponta, para qualquer leitor, uma rápida e instantânea pesquisa na Internet. Temos muito papel escrito e muito teorizado. Estatísticas aos montes, mas o respeito nas ruas ...
E a pergunta que se levanta e insiste em não calar é, quando a sociedade sairá do papel para a realidade? Quando passaremos da teoria para a prática? Quando gastaremos mais com fiscalização e menos com papel?
Talvez não seja este o grito final. Mas, não podemos nos omitir diante de uma sociedade que vergonhosamente insiste em escrever mais do que agir.
As pessoas com deficiência precisam mais de ações do que de palavras.
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Ps: Observe em sua volta, agora, e veja se uma pessoa com deficiência conseguiria se locomover livremente.
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