domingo, 19 de janeiro de 2014

Pedofilia: "o espinho do catolicismo".

VATICANO ANUNCIA TER EXPULSADO 400 PADRES POR PEDOFILIA


Padres foram expulsos durante pontificado de Bento XVI, após aumento das denúncias por abusos sexuais contra crianças


Vaticano indicou neste sábado que tinha expulsado do sacerdócio cerca de 400 religiosos durante o pontificado de Bento XVI, após um aumento das denúncias por abusos sexuais contra crianças.

"Em 2012, foram por volta de 100, enquanto em 2011 foram cerca de 300", declarou o porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi.
Para a Rede de Sobreviventes de Pessoas Abusadas por Padres (SNAP por sua sigla em inglês), "o Papatem que começar a expulsar do sacerdócio os eclesiásticos que acobertam crimes sexuais, não só aqueles que os cometem. Enquanto isso não acontecer, as coisas não mudarão muito", acrescentou em um comunicado.
Na quinta-feira, o Comitê da ONU para os Direitos das Crianças pediu à Igreja Católica que atue fortemente contra os abusos sexuais dos quais menores de idade são vítimas, em um enorme escândalo em relação ao qual o papa Francisco, que substituiu Bento XVI este ano, expressou sua "vergonha".
Pela primeira vez, os representantes do Vaticano responderam a perguntas relacionadas aos abusos cometidos contra menores de idade por religiosos católicos formuladas pelos especialistas desse comitê, que vai divulgar suas conclusões no dia 5 de fevereiro.
Durante mais de uma década, a Igreja Católica foi sacudida por uma avalanche de escândalos de abusos sexuais cometidos por religiosos contra crianças, que começou na Irlanda e se estendeu para Alemanha, Estados Unidos e vários países latino-americanos, como Brasil e México.
Os abusos foram acobertados pelos superiores dos acusados, que, em muitos casos, os transferiram para outras paróquias, em vez de denunciá-los à polícia.
Em 2005, Bento XVI havia prometido afastar todos os que acobertassem abusos sexuais dentro da Igreja, mas não conseguiu.
Em dezembro, a Santa Sé se negou a responder a um questionário enviado em julho pelo comitê da ONU, sobre cerca de 4.000 investigações eclesiásticas atualmente analisadas pela Congregação para a Doutrina da Fé, que não revela seus trabalhos.
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Fonte: Exame

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