Neste momento corre uma
ação no STF que pode proibir empresas de doarem milhões para candidatos e
partidos políticos. Especialistas dizem que esse é o "gene da corrupção”
e, para combatê-lo, precisaremos de todos.
95% de todas as doações para
campanhas eleitorais foram feitas por grandes empresas -- inclusive as
envolvidas no escândalo Lava-jato. É assim que as empresas investem para
então ganhar em troca acesso ao poder e influência, mas isso está prestes a
mudar.
A maioria dos ministros do STF já votou pelo fim dessas doações,
mas o processo emperrou nas mãos de um único ministro: Gilmar Mendes.
Ninguém conseguiu convencê-lo ainda -- e nessa segunda-feira ele volta
ao trabalho. É o momento que precisávamos. Ele sabe que não pode segurar a
decisão para sempre, mas sem pressão ele vai levando. Vamos surpreender o
ministro na volta das suas férias e mostrar a ele que centenas de milhares de
brasileiros se uniram contra o gene da corrupção. Assine para conseguirmos a
maior mudança da política brasileira nos últimos anos -- depois repasse para
todos:
Se
essa ação judicial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no STF for aprovada,
nossa Constituição passará a dizer que só cidadãos podem escolher os
representantes políticos. Hoje, os principais doadores acabam influenciando as
eleições e são recompensados com a lealdade e contratos públicos generosos após
seus candidatos serem eleitos. Pesquisas mostram que a cada R$1 doado por uma
empresa a um candidato, R$8,50 retornam por meio de contratos públicos -- um
lucro exorbitante das empresas às custas de nosso voto.
Os que se
opõem à mudança dizem que se proibirmos doações de empresas, aumentará o fluxo
de dinheiro pelo caixa dois, o que tornará investigações mais difíceis. Mas o
caixa dois já existe hoje e pouco se fez para impedir que aconteça! Se empresas
não puderem contribuir com candidatos, será mais simples detectar campanhas com
muito dinheiro e o caixa dois deve secar.
A lei permite que ministros
peçam vista de um processo por apenas 10 dias, mas uma manobra burocrática vem
segurando o julgamento já há 10 meses. Há indícios de que ele está esperando
deputados que, assim como ele, são favoráveis ao dinheiro de pessoas jurídicas e
preferem legalizar as doações de empresas mudando a Constituição de uma vez.
Mas o que Gilmar precisa saber é que o Brasil não pode mais esperar!
Junte-se a essa ação urgente agora -- vamos engrossar o apelo da OAB com
nossas vozes e abraçar essa chance de salvar o país da corrupção:
A
relação entre o dinheiro e a política é um mal neste país. Mas cada vez mais, a
voz do povo tem transformado os canais de poder e forçado por mudança. Foi assim
quando ajudamos a aprovar a Ficha Limpa, com a PEC contra o voto secreto e
muitas outras vitórias. Vamos nos unir mais uma vez e vencer mais uma batalha
pela nossa democracia.
Com esperança e determinação,
Equipe da Avaaz
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