Uma nova onda de violência
se espalha entre Israel e Palestina, e mais crianças foram mortas. Não
basta apenas pedir mais um cessar-fogo. É hora de uma ação pacífica para
acabar com esse pesadelo de décadas.
Nossos governos fracassaram.
Enquanto falam de paz e aprovam resoluções da ONU, eles mesmos (e grandes
empresas internacionais) continuam financiando, apoiando e investindo na
violência. A única maneira de interromper esse ciclo infernal no qual Israel
confisca as terras palestinas, famílias palestinas inocentes são punidas
colectivamente diariamente, o Hamas continua a lançar foguetes e Israel não
cessa seu bombardeio à Gaza, é tornando o custo econômico desse conflito alto
demais.
Sabemos que essa estratégia funciona. Quando os
países-membros da União Europeia emitiram diretrizes para não financiar os
assentamentos israelenses ilegais, a medida fez o chão tremer nos gabinetes. E,
quando uma campanha cidadã persuadiu com sucesso um fundo de pensão holandês, o
PGGM, a retirar seus recursos dos assentamentos, foi um alvoroço político.
Talvez não pareça que esse tipo de ação acabe com a matança atual, mas a
história nos ensina que aumentar o custo financeiro da opressão pode abrir o
caminho para a paz. Clique para pressionar os 6 principais bancos, fundos de
pensão e negócios com investimentos em Israel a retirarem tais
investimentos. Se cada um de nós tomar essa atitude agora e ajudar a fazer
pressão, eles poderão retroceder, a economia de Israel vai sofrer um impacto e
poderemos derrubar os extremistas que lucram politicamente com essa situação
infernal:
Nas
últimas 5 semanas, 3 adolescentes israelenses foram mortos na Cisjorndânia, um
garoto palestino foi queimado vivo, e um jovem americano foi brutalmente
espancado pela polícia de Israel. Mais de 40 crianças de Gaza já foram mortas em
ataques aéreos feitos pelo exército de Israel. Isso não é um "conflito do
Oriente Médio", mas sim uma guerra contra as crianças. E estamos nos
tornando insensíveis a essa vergonha global.
A imprensa teima em dizer
que este é um conflito insuperável entre duas partes de igual força, mas não é.
Os ataques dos extremistas palestinos contra civis inocentes devem ser
condenados e impedidos, mas a raiz do conflito está em outro lugar: o
desalojamento do povo palestino. Atualmente Israel ocupa, coloniza, bombardeia,
ataca, e controla a água, comércio e fronteiras de uma nação legalmente livre
reconhecida pelas Nações Unidas. Em Gaza, Israel criou a maior prisão a céu
aberto do mundo, e fechou as saídas. Agora, ao passo em que as bombas caem em
Gaza, não há como sair de lá.
Isso é crime de guerra e não aceitaríamos
se estivesse acontecendo em outro lugar. Mas porque aceitamos na Palestina? Há
50 anos, Israel e seus vizinhos árabes entraram em guerra e Israel ocupou a
Cisjordânia e Gaza. A ocupação de territórios após uma guerra acontece com
frequência. Mas nenhuma ocupação militar pode se transformar numa tirania de
décadas, apenas alimentando e dando força aos extremistas que usam o terrorismo
contra inocentes. E quem sofre? A maioria das famílias em ambos os lados que
anseiam apenas por liberdade e paz.
Para muitos, principalmente na
Europa e na América do Norte, pedir que empresas retirem seus investimentos,
diretos ou indiretos, da ocupação de Israel sobre território palestino parece
algo completamente enviesado. Mas não é -- essa é a estratégia de não-violência
mais poderosa para acabar com o ciclo de violência, garantir a segurança de
Israel e alcançar a libertação da Palestina. Comparados a Israel, o poder e
riqueza palestinos são mínimos. Mesmo assim, Israel se nega a interromper a
ocupação ilegal de territórios. O mundo precisa agir ou o custo disso será
insuportável.
O fundo de pensão holandês ABP investe em bancos
israelenses responsáveis por patrocinar a colonização da Palestina. Bancos de
peso, como Barclays investem em fornecedores de armas israelenses e outras
empresas envolvidas com a ocupação. A britânica G4S fornece amplo equipamento de
segurança utilizado pelas Forças de Defesa de Israel na ocupação. A Veolia, da
França, opera o transporte para os colonos israelenses que vivem ilegalmente em
terras palestinas. A gigante da informática Hewlett-Packard oferece um sistema
sofisticado que monitora o movimento dos palestinos. A Caterpillar fornece
tratores que são usados para demolir casas e destruir fazendas palestinas.
Se criarmos o maior apelo global da história para que essas empresas retirem
seus investimentos em negócios ligados à ocupação, vamos mostrar claramente que
o mundo não será mais cúmplice deste derramamento de sangue. O povo palestino
está pedindo ao mundo que apoiemos essa solução e israelenses progressistas
também a apoiam. Vamos nos juntar a eles:
Nossa
comunidade tem trabalhado para trazer paz, esperança e mudanças a alguns dos
conflitos mais intensos do mundo. Em muitas ocasiões, isso exige que tomemos
atitudes duras para atacar a raiz do problema. Durante anos, temos procurado
soluções para este pesadelo, mas com essa nova onda de horrores em Gaza chegou a
hora de apelar para sanções e corte de investimentos e, finalmente, dar um fim
ao conflito entre israelenses e palestinos.
Com esperança e
determinação,
Equipe da Avaaz
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