A cada dia que passa a cidade de São José de Mipibu se torna um lugar mais perigoso para se viver. Roubos, assassinatos, tráfico de drogas, acidentes e outras mazelas são apenas a ponta de um grande iceberg cuja base nebulosa e fria se mantém sob a colcha de retalhos da sociedade mipibuense. E todos perguntam o que fazer para que a juventude não venha a ser tragada pela fumaça da marginalidade.
Em verdade vos digo que o que estamos vendo, essa verdadeira onda de de criminalidade crescente, tem sua origem debaixo do tapete. Lá onde ninguém ousa chegar e debater os crônicos problemas sociais que quando sufocados explodem pelas ruas, pelas casas, pelas escolas e por toda a cidade.
Há alguns anos, passou pela província um promotor de Justiça de quem ouvimos, uma dezenas de vezes, comentários sobre um projeto social de praça de esportes como skate, ciclismo e outros esportes que a juventude gosta de praticar. Segundo o promotor, haviam reclamações da população com relação ao uso de calçadas e praças por jovens que brincavam de skate e bicicleta. E foi pensando em resolver o problema que se pensou em criar um espaço na cidade onde a juventude pudesse praticar esportes e extravasar suas energias, deixando as calçadas e praças para o lazer tranquilo da população.
Pois bem, amiga e amigo leitores, o nosso amigo promotor aqui chegou, saiu e a proposta não saiu do papel. Nenhum governo se dedicou a criar oportunidades esportivas adequadas para nossa juventude.
Quando se fala em esporte só se pensa em campo de futebol, quadra, como se os jovens não conhecessem outras opções, limitando a juventude e impondo-lhes o que os governos liderados por verdadeiros analfabetos(as) funcionais historicamente traduzem como "esporte".
Há que se dialogar com a juventude e escutá-la. A partir de então planejar e dar forma aquilo que a realidade reclama e que se expressa nos gestos e nas falas de toda uma geração que clama por liberdades.
Há pouco se ouviu falar em uma pseudo conferência de juventude em São José de Mipibu. Pois bem, pegunto aos seus organizadores, a juventude mipibuense foi ouvida? Fora registrado o clamor da juventude, suas dificuldades e seus anseios? O que este governo tresloucado ou mesmo a câmara municipal colocou em prática? E a resposta patente e imediata está na ponta da língua de qualquer jovem: nada.
A vida exige de nós muito mais do que a vontade de fazer. Uma sociedade não se transforma com maquiagem e nem tampouco com proselitismo vagabundo de quinta categoria.
Para além das palavras precisamos de ações!
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