Após o cardeal americano Roger Mahony, ex-arcebispo de Los Angeles, ser acusado nos últimos dias de proteger padres que teriam abusado sexualmente de fiéis, outro príncipe da Igreja se tornou alvo de controvérsia ontem. O cardeal escocês Keith O'Brien, arcebispo de St. Andrews e Edimburgo, está sendo acusado de ter assediado pelo menos quatro padres nos últimos 30 anos.
Ambos os cardeais têm menos de 80 anos e portanto podem votar no conclave que elegerá o próximo papa. Mas as acusações geram movimentos de resistência da opinião pública à participação de ambos na eleição.
O'Brien rejeitou ontem as acusações, feitas pelos padres ao embaixador da Santa Sé na Grã-Bratanha, Antonio Mennini, e publicadas pelo jornal The Observer. "O cardeal O'Brien contesta essas afirmações e está se aconselhando com advogados", afirmou ontem um porta-voz.
De acordo com o jornal britânico, os padres - um deles já não mais ligado à Igreja - exigiram de Mennini a demissão de O'Brien, para que o conclave ficasse "limpo". A publicação não detalha as acusações, mas relata que um dos padres diz ter sido "abordado de forma não apropriada" pelo cardeal após as preces noturnas. Outro padre reclamou do comportamento de O'Brien, também durante a noite, após consumo de bebida alcoólica.
O'Brien já se disse favorável ao fim do celibato obrigatório para padres, mas não é tão liberal quando o assunto é a união homossexual - para ele uma "subversão grotesca". / AP e REUTERS.
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