quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Pelo fim da guerra contra as mulheres

Caros amigos,



Homens violentos e abusivos geralmente usam o seu poder para obstruir reformas que poderiam proteger mulheres. Incrivelmente, 260 políticos da Índia acusados de violência contra a mulher estão lutando contra uma proposta que cassaria os seus cargos. Somente um esforço global e coordenado pode fazer com que candidatos assim paguem nas urnas e baní-los dos cargos públicos. A Avaaz somente coletará as doações se conseguirmos quantidade suficiente para vencer esse desafio: comprometa-se com uma doação no valor de R$10 agora:

Pledge now!

É a mesma história em todos os lugares do mundo -- homens abusivos e violentos são responsáveis por fazer leis que supostamente protegeriam as mulheres. E usam esse poder para afastar tanto advogados quanto eleitores quando questionados. Mas podemos mudar isso agora. 

Quando uma estudante de 23 anos foi brutalmente estuprada por um grupo de homens dentro de um ônibus na cidade de Delhi, os protestos dos cidadãos causaram um rebuliço em toda Índia, e o mundo se ergueu em revolta. A Índia encomendou um relatório oficial, mas essa semana o governo descaradamente disse que vai ignorar as recomendações contidas no relatório de que políticos acusados por crime de estupro ou violência contra a mulher semelhantes deveriam renunciar dos seus cargos. Os 260 políticos da Índia acusados de tais crimes estão lutando com unhas e dentes e até o momento eles estão vencendo! 

A única maneira de virar essa maré a nosso favor é por meio de um esforço popular bem orquestrado para banir homens assim de cargos públicos. Se conseguirmos o suficiente em doações agora, a Avaaz vai poder criar uma campanha de peito aberto para derrubar os piores políticos. Esses políticos dependem de suas reputações, e vamos expô-los na mídia e nas redes sociais, inclusive por meio de anúncios de publicidade e pesquisas de opinião. Começaremos na Índia, a maior democracia do mundo, que se prepara atualmente para eleições nacionais. Em seguida estaremos prontos para fazer o mesmo onde houver oportunidades para mudar a política e dar um fim à guerra contra as mulheres. A Avaaz somente coletará as doações se conseguirmos o suficiente para fazer bastante barulho. Clique aqui e comprometa-se com R$10


O plano é o seguinte: Avaaz vai identificar representantes eleitos ou candidatos à cargos públicos que são notórios pela violação de direitos às mulheres. Vamos escolher as eleições que, quando vencermos, serão grande foco de atenção e vão persuadir outros homens abusivos a se manterem longe dos cargos públicos. E então vamos com tudo mesmo! Vamos entrar nessa luta para acabar com todas as chances deles se manterem no poder ou se elegerem, e sequer se re-elegerem. Isso inclui:

  • conduzir pesquisas de opinião pública para encorajar os partidos a escolher os candidatos;
  • organizar ações locais;
  • encorajar jornalistas locais e nacionais a cobrirem os crimes;
  • lançar anúncios de publicidade na mídia de massa impressa, TV e estações de rádio;
  • contratar advogados para garantir que as vítimas não sejam intimidadas e fiquem em silêncio;
  • lançar campanhas fortes para acabar com a guerra contra as mulheres.
Atitudes violentas e machistas contra mulheres não são privilégio dos políticos da Índia. O ex-primeiro ministro da Itália, Silvio Berlusconi, pode ser re-eleito novamente este mês, apesar de estar sendo processado por ter tido relações sexuais com uma menor de idade. No Marrocos, soltaram um deputado que foi sentenciado a 1 ano de prisão por ter estuprado uma funcionária pública... e logo depois a vítima do estupro foi acusada! Berlusconi é dono de grande parte da mídia na Itália, e pouco é atingido nesse meio. Enquanto que no Marrocos e em outros países os poderosos podem usar a sua força para influenciar juízes e os barões da mídia. Por isso, campanhas fortalecidas pelo poder popular são a única forma de acabar com a cultura de impunidade! 

Em todo o mundo, 1 a cada 5 mulheres será vítima de estupro ou tentativa de estupro durante sua vida, apontam estudos da ONU. Até que homens assim sejam chutados do poder, nunca conseguiremos mudar as leis e atitudes que as mulheres precisam. Nosso poder se múltiplica quando esses caras estão em seu momento mais vulnerável: no período eleitoral, quando mais precisam dos votos. Já sabemos o quanto de mudanças positivas que políticos pró-mulheres -- tanto homens quanto mulheres -- podem trazer para nossas sociedades. Por isso vamos abrir as portas para este tipo de políticos! Ajude-nos a alcançar a nossa meta: comprometa-se com uma doação no valor de R$10 agora


Sabemos que essa estratégia funciona. Há alguns meses, quando o candidato republicano ao Senado dos EUA, Todd Akin, sugeriu que alguns casos de estupro são "legítimos", vários blogueiros e ativistas transformaram essa história no pior pesadelo do candidato. O rebuliço que eles criaram custou ao candidato a corrida eleitoral e o partido Republicano, chamando as declarações do candidato de "insultuosas e imperdoáveis", retirou o financiamento de campanha e pediu que ele desistisse da corrida eleitoral. Isso motivou uma conversa sobre violência sexual que continua acontecendo nos EUA. 

Podemos garantir que homens como Akin nunca mais sejam eleitos em lugar nenhum. Se uma quantidade suficiente de nós se comprometer a fazer uma pequena doação agora, poderemos lançar campanhas ágeis que poderão mudar o rumo de eleições como a do candidato Akin em todo o mundo, e fazer com que os partidos políticos reflitam sobre o tema. Contribua agora para darmos início a esse plano: 


De acordo com a ONU, em todo o mundo 70% das mulheres já passaram por algum tipo de violência em suas vidas. Os membros da Avaaz já compraram essa luta por várias vezes: no Afeganistão, ajudamos a proteger Lal Bibi quando ela falou sobre o seu terrível caso de estupro; em Honduras, lutamos em parceria com mulheres locais contra uma lei que colocaria as mulheres na prisão por usarem a pílula do dia seguinte, mesmo em casos de estupro. Agora podemos atingir essas questões em seu âmago, trocando quem senta nos parlamentos e ministérios tomando decisões sobre as vidas das mulheres. 

Com esperança, 

Equipe da Avaaz 
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