Mulheres e crianças
tiradas à força das escolas e hospitais e mortas no acostamento de estradas,
propagandas de ódio nas rádios – seria Ruanda há 20 anos? Não. Isso está
acontecendo agora no Sudão do Sul, mas podemos acabar com este horror.
A responsabilidade está nas mãos de dois homens: o presidente
Salva Kiir e Riek Machar, que no passado foi seu vice-presidente. Envoltos em
uma rancorosa disputa pelo poder, eles estão alimentando propositalmente a
tensão entre grupos étnicos que viviam em paz há decadas. Ambos têm bens e
família no exterior. Se conseguirmos pressioná-los onde mais sentem – seus
bolsos – poderemos acabar com este pesadelo e impedir um
genocídio.
As negociações de paz estão recomeçando lentamente, e os
EUA e França pediram ao Conselho de Segurança da ONU que imponha sanções e envie
suas forças de paz para proteger os civis. A Rússia pode tentar sabotar essa
estratégia, mas nem mesmo a China quer ver uma nação rica em petróleo imersa no
caos. Portanto dá para vencermos, mas apenas se agirmos rápido. Vamos mostrar
aos líderes mundiais 1 milhão de vozes em prol das sanções e do envio de uma
forte missão internacional para proteger o povo do Sudão do Sul:
É
entristecedor e, ao mesmo tempo, revoltante. Mais de 1 milhão de pessoas, dos
11 milhões de habitantes do Sudão do Sul, abandonaram suas casas. Dezenas de
milhares morreram e a fome assola o país. Ainda assim, durante meses as
delegações de ambos os lados têm se hospedado em hotéis de luxo no país vizinho,
a Etiópia, e têm feito pouco esforço, e quase nenhum progresso, para negociar um
acordo de paz.
Podemos impedir essa insanidade. As sanções, incluindo o
congelamento de bens e a proibição de viagens internacionais, afetarão Kiir e
Machar, que ficarão impedidos de usar suas riquezas e visitar seus amigos e
família fora do país. Mesmo se perdermos no Conselho de Segurança, sanções
unilaterais impostas por vários países terão um efeito contundente.
Reforçar a proteção da ONU, que abriu suas próprias bases para receber
85 mil civis refugiados dos massacres, também é fundamental. As forças de paz
contam com menos de 9 mil capacetes azuis, espalhados em uma área do tamanho da
França. Uma de suas bases já foi atacada descaradamente, e o governo está
ameaçando expulsá-los do país. Por isso, precisamos urgentemente de uma
missão da paz ainda maior e mais forte.
A comunidade internacional
não conseguiu impedir a violência desencadeada na Síria há 3 anos, mas este
conflito é recente e ainda pode ser contido. Não podemos fracassar com o Sudão
do Sul. Assine e compartilhe com todos:
O
Sudão do Sul é uma das nações mais jovens do mundo e nasceu após décadas de
resistência contra a brutalidade genocida do regime totalitário sudanês. No
entanto, assim como muitos de nossos países com centenas de anos de história, há
uma grande distância entre os governantes e o povo. Essa distância é trágica,
pois todos achavam que o presidente Salva Kiir tinha intenções sinceras, mas
pelo visto ele e Riek Machar se agarraram ao ódio, ao medo e à sede pelo poder.
Precisamos nos unir ao povo do Sudão do Sul e ajudá-los a tomar de volta o
controle sobre seus governantes para recuperar a paz que há tanto tempo, e com
tanto sofrimento, eles vêm tentado conseguir.
Com esperança,
Equipe da Avaaz
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