Foram as travestis de pista que inventaram essa moda de mini-saia,
shortinhos curtíssimos, barriga de fora e peitos à mostra, visando, obviamente,
dar visibilidade a seus corpos-mercadoria.
As trans inventaram moda, as prostitutas imitaram e a moda piriguete foi
adotada por mulheres, mocinhas e meninas de todas as classes
sociais.
Cidadania não tem roupa certa e cada um/a se veste como quiser, da burka
ao toplesss. E ninguém merece nem pode ser assediada sexualmente devido a sua
pouca roupa.
Porém, a mulher que usa roupas curtíssimas, justíssimas, decotadíssimas
ou transparentes, obviamente que está querendo chamar atenção para suas partes
íntimas.
Tal exposição contribui para a cidadania plena das mulheres?
Essa hiper sexualização corporal das periguetes e vadias, não reforça a
coisificação das mulheres, que se expõem como objetos sexuais cada vez mais
explícitos?
INSISTO: Cidadania não tem roupa certa e cada um/a se veste como
quiser, da burka ao toplesss. E ninguém merece nem pode ser assediada
sexualmente devido a sua pouca roupa.
Porém fica a dúvida se tanta exibição é uma conquista positiva para a
libertação feminina ou imposição do machismo reforçando o estereótipo da mulher
objeto sexual.
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* Dr. Luiz Mott é antropólogo e professor aposentado da UFBA.
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