É incrível a capacidade de esquecimento da nossa classe política e a facilidade com a qual ela escorrega feito sabonete quando acuada.
O vice-governador Robinson Faria parece mesmo não dar sorte em suas alianças. Primeiro foi o doloroso divórcio político para com o grupo da então governadora Vilma, que lhe rendeu grandes e graves desgastes e que lhe guiou, por vingança, para um novo relacionamento, desta vez, com o grupo da governadora Rosalba.
O novo relacionamento resistiu a poucos verões e, mais uma vez, o vice-governador está as voltas com suas reclamações em relação ao governo que apoiou. De acordo com o vice-governador, agora, o governo Rosalba não presta mais. Não tem projetos e "Ela nunca demonstrou boa vontade"* desabafou Robinson.
Pelo que se vê o vice-governador descobriu a caixa de pandora no governo da Rosa e começa a trabalhar pela sua derrubada antes mesmo de seu fim. Os antes amigos bonzinhos, agora culpados, estão sendo procurados para execração pública e maculação.
Claramente insatisfeito, o vice-governador soltou o verbo, como aquela criança de quem o pai tomou o doce e acusou o Senador José Agripino por sua desgraça política. Segundo Robinson "O protagonista da ingratidão, da injustiça, foi José Agripino."
Neste momento, as mãos já se juntam e começam coçar preparando os aplausos de retorno na direção da professora Vilma, como se o presente não fosse a repetição do passado.
O mais interessante, em mais este episódio da vida política do nosso estado, é como, de repente, esse povo passa para o "outro lado". Como quem era bom passa a ser ruim e como eles, os zangados, sempre estão tão certinhos e, segundo eles, do "lado certo". Acreditam ser o supra-sumo da coerência e da inteligência.
E nós, irmãos e irmãs, estamos, mais uma vez, assistindo a repetição das mesmas práticas.
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