segunda-feira, 3 de junho de 2013

Empresas de energia eólica provocam prejuízos sociais e ambientais no nordeste

Denúncias de comunidades e ambientalistas dão conta de prejuízos que vão desde a devastação de dunas, restingas, lagoa que secaram pela retirada de água para construção dos parques eólicos, desmanche de sítios arqueológicos até o desemprego e expropriação dos nativos.

O modelo energético que deveria ter sido a salvação do nordeste brasileiro é alvo de sérias críticas e acusações de profunda gravidade.

As denúncias partem, principalmente, dos estados do Ceará e Rio Grande do Norte, onde os parques eólicos vêm provocando debates acalorados.

Em Aracati, CE, o parque eólico com 67 torres retrata fielmente a devastação de dunas e a remoção de sítios arqueológicos para abertura de estradas de acesso. Já em Ponta do Tubarão, RN, a empresa responsável pela construção é acusada de haver retirado toda a água de uma lagoa para o trabalho de construção de dois parques.

Há denúncias de que áreas de desova de tartarugas marinhas foram ocupadas, expulsando e impedindo a reprodução desses animais. E os problemas não param por aí. Os pescadores locais reclamam que as construções dificultaram o acesso ao mar e que os empregos prometidos jamais chegaram.

Moradores locais afirmam que pessoas chegaram a sofrer ameaças por denunciar os problemas e que tiveram que se afastar da comunidade para evitar males maiores por parte dos donos das empresas.
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