sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Eles estão se afogando



Caros amigos,

Dá um aperto no coração olhar para a foto do menino deitado na praia, sem vida. E é igualmente difícil olhar para tantas outras fotos que retratam o sofrimento dos refugiados. O mais deplorável é que os governantes, em vez de tomarem medidas urgentes, estão perdendo tempo debatendo sobre quem é responsável pelo problema. Pela primeira vez, porém, podemos ter esperança de que encontraremos uma solução para a crise migratória.

Depois que milhares de pessoas pediram que seus países acolhessem mais refugiados, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente da Comissão Europeia tomaram a frente dos esforços para criar uma nova proposta para que a União Europeia abrigue pessoas que fogem de guerras e fome. A França já aceitou a proposta, mas o Reino Unido, a Hungria e outros países do Leste Europeu estão barrando esse acordo emergencial. A pressão popular pode levar os políticos da União Europeia a adotar um plano para lidar com os refugiados de forma mais humana. Sem sentir a pressão popular, eles podem simplesmente desistir de ajudar. É aí que entramos.

Esse é um momento crítico e tudo pode mudar, para pior ou para melhor. Por isso, é hora de guiar os governantes. Não há tempo a perder: os ministros da União Europeia se reunirão nos próximos dias para definir seus posicionamentos. Participe da campanha e exija um plano para dar a essas famílias desesperadas um refúgio seguro. Nossa proposta será entregue pela Avaaz a todos os principais tomadores de decisão antes da reunião:

https://secure.avaaz.org/po/no_more_drownings_loc/?bezPlab&v=64468

Centenas de famílias chegam na Europa diariamente em busca de segurança. Traumatizadas, perseguidas e sem perspectivas de paz em guerras como a da Síria, a escolha de atravessar o oceano muitas vezes é a única opção. Segundo a ONU, quase um milhão de pessoas precisam de ajuda urgente, e ampliar as rotas seguras e legais é a melhor maneira de reduzir o número de refugiados que arriscam suas vidas, além de coibir o violento tráfico humano.

Há um plano emergencial viável: em primeiro lugar, é preciso aumentar urgentemente a transferência e o reassentamento de refugiados, com o objetivo de reunir famílias, de modo que a responsabilidade seja compartilhada em toda a União Europeia; segundo, fornecer apoio financeiro e técnico a países na linha da frente da crise, como a Grécia; em terceiro lugar, é necessário garantir que nenhuma ação policial atrapalhe os esforços de resgate ou coloque as pessoas que procuram refúgio em risco.

A Alemanha, que começou a abrir suas fronteiras, defende esta ideia. Já a Hungria está construindo uma cerca de arame farpado e outros países do Leste Europeu recusam-se a receber mais do que algumas poucas dezenas de famílias. Por fim, o Reino Unido acabou de anunciar que vai receber mais refugiados, mas recusa-se completamente a participar de qualquer medida emergencial da União Europeia.

Sabemos que a pressão popular em grande escala pode influenciar os políticos. No início desta semana, quando o governo da Islândia anunciou que o país aceitaria apenas 50 pedidos de asilo, 10 mil islandeses reagiram oferecendo abrigo em suas próprias casas. Agora, o governo está reconsiderando o compromisso anterior.

Milhares de cidadãos comuns estão mostrando compaixão e rejeitando a política de fechar as fronteiras imposta por alguns líderes. Vamos aumentar a onda de calor humano e garantir que nem interesses políticos estreitos nem o medo definam a forma como a Europa e o mundo reagem à maior crise de nossos tempos. Participe e divulgue o apelo urgente aos líderes da União Europeia:

https://secure.avaaz.org/po/no_more_drownings_loc/?bezPlab&v=64468
É de partir o coração acompanhar esse drama humano, uma tragédia pior do que muitos de nossos maiores pesadelos. Mostrando iniciativa, os membros da Avaaz vêm se unindo para ajudar os refugiados desde o início da crise. Cerca de duas mil pessoas se prontificaram como voluntárias em programas de assistência e juntos doamos US$ 500 mil para uma operação de resgate crucial no Mediterrâneo. Ainda organizamos uma missão até as ilhas gregas e fizemos pressão para a Europa assinar um primeiro acordo. Contudo, a magnitude desta crise significa que temos que pressionar ainda mais, e AGORA! Vamos dar as mais calorosas saudações de boas-vindas aos refugiados, antes da reunião dos líderes para discutir o assunto.

Com esperança e determinação,

Equipe da Avaaz

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