domingo, 24 de novembro de 2013

De uma menina de 11 anos para a polícia: estupro é crime!

Cara comunidade,




Kaia*, uma menina de 11 anos que sobreviveu a um estupro, processou as autoridades do seu país por falharem em protegê-la -- e venceu. Nós podemos usar este precedente para ajudar outras mulheres, mas para isso precisamos de recursos financeiros. Se cada um de nós se comprometer com uma pequena quantia no valor de R$4 agora, poderemos fazer desta vitória o começo de uma série de avanços na proteção aos direitos das mulheres: 

comprometa-se agora

Kaia* tinha apenas 11 anos quando foi atacada e violada a caminho da escola. Um professor a levou ao hospital, mas a polícia lhe cobrou um suborno até mesmo para registrar o depoimento.

Então, Kaia tomou uma atitude incrivelmente corajosa. Ela processou a polícia por não a ter protegido. O que aconteceu em seguida foi ainda mais incrível.

No Quênia, onde Kaia vive, uma mulher ou garota é vítima de estupro a cada 30 minutos. A polícia de lá frequentemente faz vista grossa para essa realidade, isolando ainda mais as jovens sobreviventes e reforçando a ideia de que o estupro é algo correto

Kaia e dez outras jovens sobreviventes desafiaram essa situação. No dia do julgamento, ignorando ameaças e um bloqueio da segurança da corte, elas marcharam do seu abrigo até o tribunal, cantando “Haki yangu” — "eu exijo meus direitos" em suaíli. Então, o juíz proferiu sua decisão: as meninas venceram!

Os ativistas e defensores dos direitos humanos que trabalharam com Kaia estão preparados para abrir processos similares contra forças políciais em toda a África e ao redor do mundo, mas para fazer isso, precisamos de recursos financeiros. Nós não debitaremos as doações até atingir a nossa meta, mas se 30 mil de nós nos comprometermos a doar R$4 agora podemos replicar esta vitória revolucionária em outros países, lembrando a polícia que estupro é crime e dando um grande passo no combate à violência contra a mulher. 


Quando a história de Kaia começou, ela parecida estar fadada a se tornar só mais uma de incontáveis vítimas de estupro ignoradas pela polícia. Mas a defensora queniana dos direitos das crianças, Mercy Chidi, e a advogada canadense especialista em direitos humanos, Fiona Sampson, uniram forças para desafiar essa injustiça nos tribunais.

O plano foi traçado no Quênia por um grupo de indivíduos vindos do Canadá, Quênia, Malawi e Gana -- parecia impossível processar a polícia por negligência, mas o grupo insistiu nessa ideia e decidiu arriscar… e entrou para a história jurídica. Nosso trabalho está apenas começando: como acontece com qualquer vitória, precisamos de tempo, esforços e recursos financeiros para garantir que a decisão do juíz prevaleça e, assim, utilizá-la como um precedente para acabar com a violência contra a mulher. 

Se conseguirmos recursos suficientes, estes são os passos que daremos para transformar uma grande vitória no Quênia em um triunfo em toda a África e no resto do mundo:

  • ajudar a financiar mais casos como este, na África e em todo o mundo
  • garantir que decisões judiciais pioneiras como esta sejam fortalecidas através de estratégias incisivas de campanhas
  • exigir campanhas públicas de educação eficaz e massiva para atacar a raíz da violência sexual e ajudar a acabar com ela de uma vez por todas
  • reagir a mais oportunidades de campanhas como este caso -- com estratégias super inteligentes que possam virar o jogo no combate à violência contra a mulher.

Comprometa-se com R$4 agora para nos ajudar a começar este trabalho importante o mais rápido possível -- nós não vamos debitar nenhuma contribuição até atingirmos a meta de 30 mil doações para lançar esta iniciativa: 


Como cidadãos, nós apelamos frequentemente aos líderes políticos e a outros oficiais para que eles levem a sério a proteção aos direitos das mulheres. É importante que continuemos a fazer isso, mas quando eles não escutam a voz da própria consciência, precisamos apelar para os seus interesses e levá-los aos tribunais. Esta é uma mensagem poderosa: não apenas que há novas consequências para seus crimes, mas que a era de misoginia culturalmente incontestada em nossas sociedades está chegando ao fim. 

Com esperança,

Equipe da Avaaz

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