Após o embargo dos lixões da região da grande Natal, que também determinou o fechamento do lixão de São José de Mipibu, a Prefeitura local está buscando um novo local para instalar um suposto aterro sanitário.
O problema é que ninguém sabe onde será este aterro sanitário e se será mesmo um aterro sanitário, pois é aí que reside o perido para a saúde da população. Um aterro sanitário comporta um grande projeto incluindo vários aspectos.
Segundo Mardiore Pinheiro, bióloga pela PUCRS, "aterro sanitário é o processo de disposição final de resíduos sólidos, principalmente do lixo domiciliar, baseado em critérios de engenharia e normas operacionais específicas.
Estas normas e critérios permitem a confinação segura do lixo, em termos de controle da poluição ambiental e proteção ao meio ambiente.
Ao contrário do aterro sanitário, os lixões não atendem nenhuma norma de controle. O lixo é disposto de qualquer maneira e sem nenhum tratamento, o que acaba causando inúmeros problemas ambientais.
O lixo a céu aberto atrai ratos que têm a sua capacidade reprodutiva aumentada devido a disponibilidade abundante de alimentos.
Esses animais são transmissores de inúmeras doenças, tais como raiva, meningite, leptospirose e peste bubônica.
Outro sério problema causado pelos lixões é a contaminação do solo e do lençol freático, caso exista um no local, pela ação do chorume, líquido de cor negra característico de matéria orgânica em decomposição.
Além disto, estes lugares dão acesso para as pessoas carentes que acabam contraindo várias doenças.
Com total omissão social e desrespeito ao ser humano, essas pessoas buscam nos lixões um meio de sobrevivência, ou alimentando-se, ou vendendo entulhos."
Portanto, essas preocupações não estão sendo percebidas e, como está ocorrendo em Natal, neste momento, se não houver o devido cuidado para com estas ações de governo a maior prejudicada será a população da cidade, com a poluição das águas de subsolo e o acometimento por doenças de veiculação hídrica e proliferação de vetores.
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