O governo local nunca soube para que veio e vai terminar sem, sequer, saber que saiu.
Característica marcante do governo municipal de Mipibu, a desorientação e a falta de capacidade técnica tem se constituído em uma verdadeira bandeira de governo. E, a cada dia, se multiplicam garfes, barbeiragens, erros administrativos aos montes, ineficiência da gestão e omissão criminosa flagrante. Como muito bem diz a prefeita Norma Ferreira, um verdadeiro "TUSINAME" de administração.
A última pérola adminstrativa foi a esquiva da prefeita quanto a realização do evento do São João 2010, que está servindo de empanada para mascarar o caos administrativo em que se transformou a gestão municipal.
Observe, irmã e irmão Mipbiuense, onde chega a astúcia dos osciosos bem remunerados. Perdida, feito cachorro que cai de caminhão de mudança, em meio a conjuntura política estadual atual e sem saber para onde seguir ou quem seguir, a governante local está desamparada politicamente. Ou seja, sem verba, sem lenço e sem documento para contratar Mirosmar e Welson, os goianos e ex-vendedores de redes de dormir, a chefe do executivo busca uma solução para sair do atoleiro.
Eis que, como em um passe de mágica, surge o Padre Matias com seu pedido para retirada das festividades do São João do largo da matriz católica.
Ora, leitor e leitora, com todo o respeito ao nosso pároco e a sua conduta ilibada, tenhamos a clareza de entender que o município não é submisso a Igreja e nem o contrário. Ambas são instituições autônomas.
A proteção ao patrimônio da Igreja Católica é importante, bem como o respeito para com suas tradições. Mas não devemos esquecer de que ela ocupa um espaço no solo municipal e não o inverso. Qualquer governante sério sabe disso. Não cabe as igrejas Católica, Evangélica, as religiões de matriz africanas e etc, ingerir sobre o uso e ocupação do solo municipal, mas exclusivamente ao governo municipal. É para isso que o Povo elege e paga os seus representantes (prefeita - R$ 12.000,00, vice - R$ 8.000,00, vereadores - R$ 6.000,00 ?, vice Keké R$ 8.000,00 ?) e muito bem, rigorosamente todos os meses.
Uma pergunta que nos é feita pelos leitores é a seguinte:
- "As festas da Igreja Católica também serão retiradas do largo da Matriz?"
Se é uma regra, assumida pelo governo, que tem a obrigação de respeitar o interesse coletivo, tem que servir para todos. Ou seja, nem mesmo a própria Igreja Católica deverá utilizar o espaço para suas festas. Caso contrário será a formalização da segregação do próprio Povo pelo governo municipal, ou a oficialização do APARTHEID RELIGIOSO, cabendo, neste caso, medida judicial para obrigar a prefeita a cumprir com suas obrigações.
A Constituição Brasileira nos ensina que somos todos iguais em direitos e deveres. Assim, há de se esperar que esta mensagem sirva de alerta para os menos avisados. O fundamentalismo religioso tem feito muito mal ao mundo.
Fica, aqui, o recado de um humilde e simplório cidadão Mipibuense, lutador em defesa dos direitos das pessoas mais humildes de nossa cidade e contra todas as formas de repressão e segregação.