sexta-feira, 4 de março de 2016

Lula enriqueceu às custas do petrolão, afirma o Ministério Público

Principal alvo da 24ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enriqueceu às custas dos crimes investigados no petrolão e teve sua campanha política abastecida com dinheiro sujo. A conclusão é do Ministério Público Federal, que investiga o petista por suspeitas de que ele tenha recebido vantagens indevidas durante os oito anos em que ficou à frente do Palácio do Planalto - inclusive do propinoduto instalado na Petrobras. "Há evidências de que o ex­-presidente Lula recebeu valores oriundos do esquema Petrobras por meio da destinação e reforma de um apartamento triplex e de um sítio em Atibaia, da entrega de móveis de luxo nos dois imóveis e da armazenagem de bens por transportadora", informou a força-tarefa da Lava Jato.

As investigações conduzidas pela força-tarefa da Lava Jato e pela Polícia Federal mostram que "surgiram evidências de que os crimes o enriqueceram e financiaram campanhas eleitorais e o caixa de sua agremiação política" e que existem repasses a Lula - um deles, de pelo menos 1 milhão de reais, feito pela OAS - "sem aparente justificativa econômica lícita". O dinheiro, aponta a investigação, foi utilizado em reformas e imóveis de luxo como o tríplex 164-A do Condomínio Solaris, no Guarujá. Em janeiro, documento assinado pela delegada da Polícia Federal Erika Marena já elencava o tríplex do ex-presidente Lula no condomínio Solaris como um dos imóveis que indicam "alto grau de suspeita" quanto à real titularidade.

Em um organograma organizado pelos policiais, a unidade residencial é registrada como de propriedade da OAS, uma das empreiteiras que integravam o chamado clube do bilhão, cujos executivos, incluindo o ex-presidente Leo Pinheiro, já foram condenados na Lava Jato pelo juiz Sergio Moro. Mas os indícios apontam que o imóvel, conforme revelou VEJA, é, sim, do ex-presidente petista. "Embora o ex-presidente tenha alegado que o apartamento não é seu, por estar em nome da empreiteira, várias provas dizem o contrário, como depoimentos de zelador, porteira, síndico, dois engenheiros da OAS, bem como dirigentes e empregado da empresa contratada para a reforma, os quais apontam o envolvimento de seu núcleo familiar em visitas e tratativas sobre a reforma do apartamento", diz o MP.

Conforme os investigadores, existem evidências de que a empreiteira OAS tenha desembolsado mais de 750.000 reais para reformar o tríplex de Lula no Guarujá, além de ter quitado despesas de mais de 320.000 reais em móveis de luxo para a cozinha e para os quartos do imóvel. "A suspeita é de que a reforma e os móveis constituem propinas decorrentes do favorecimento ilícito da OAS no esquema da Petrobras", diz o Ministério Público. Além das suspeitas que recaem contra Lula, argumentam os procuradores da Lava Jato, "há fortes evidências de que outros líderes e integrantes do Partido dos Trabalhadores foram agraciados com propinas decorrentes de contratos da Petrobras". Entre eles, o ex-homem-forte do governo petista José Dirceu, preso em Curitiba.
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Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/lula-enriqueceu-as-custas-do-petrolao-afirma-o-ministerio-publico

Lula, ex-presidente, passou 08 anos na presidência da república ...


Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, passou 27 anos preso e saiu da prisão para a presidência da república sulafricana


Ex-presidente Lula já foi levado pela polícia

A Polícia Federal realiza na manhã desta sexta-feira (4) a 24ª fase da Operação Lava Jato no prédio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu filho Fábio Luíz Lula da Silva –também conhecido como Lulinha. Essa fase da operação, batizada de Aletheia, apura se empreiteiras e o pecuarista José Carlos Bumlai favoreceram Lula por meio do sítio em Atibaia e o tríplex no Guarujá.

A Folha apurou com integrantes da defesa do ex-presidente que Lula está sendo levado para o aeroporto de Congonhas, onde deve prestar depoimento à Polícia Federal. Congonhas seria um lugar mais seguro para que Lula prestasse depoimento. A informação disponível até agora é a de que ele não será conduzido a Curitiba. O petista Orlando Silva já está no aeroporto. Há relatos de que um comboio semelhante ao que levou Lula já chegou ao local.

O ex-presidente é alvo de mandado de busca e apreensão e de condução coercitiva (quando o investigado é obrigado a depor). Os advogados dele tinham entrado com habeas corpus para evitar a medida, mas ele valia só para São Paulo, e não para Curitiba, de onde despacha o juiz federal Sergio Moro, conforme informações dadas à Folha. Lula reagiu bem quando a PF bateu à sua porta. Segundo relatos, o petista estava "tranquilo" dos momentos iniciais até a condução coercitiva.

Os carros da PF chegaram às 6h à sua casa, em São Bernardo. Quatro carros entraram na garagem do prédio e cerca de dez agentes ficaram na portaria. A mulher de Lula, dona Marisa, não está na condução coercitiva.

Cerca de 200 agentes da PF e 30 auditores da Receita Federal cumprem, ao todo, 44 mandados judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva no Rio de Janeiro, em São Paulo e na Bahia.

São investigados crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, entre outros, relacionados à Petrobras. A determinação da busca e apreensão é do juiz Moro, de Curitiba. 

Na casa de Lulinha, em Moema, dois carros da PF e um da Receita Federal são usados na diligência. Os agentes chegaram ao prédio dele às 6h e não falaram com a imprensa. Moradores relatam movimentação intensa da PF no interior do prédio.

Há também agentes da PF no Instituto Lula e na Odebrecht. Há mandados para Atibaia e Guarujá, onde estão sítio e tríplex, respectivamente, além de Santo André e Manduri.

A PF realiza busca e apreensão na casa e na empresa do outro dono do sítio no papel, Jonas Leite Suassuna Filho, que também é sócio de Lulinha.

Sindicalistas estão protestando em frente à casa de Lula.
 
ALVOS
Além de Lula, entre os alvos dessa fase da Lava Jato estão a mulher dele, Marisa, os filhos Marcos Cláudio, Fábio Luis e Sandro Luis, e a nora Marlene Araújo.

Na lista de alvos também estão os empresários Fernando Bittar e Jonas Leite Suassuna Filho, assim como Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula.

Entre as empresas há a empreiteira OAS e a Gamecorp –do filho de Lula, Fabio Luis.

Na capital paulista, são 18 mandados de busca e apreensão e seis de condução coercitiva; em São Bernardo, cinco de busca e apreensão e dois de condução coercitiva; Atibaia, duas buscas e apreensões e uma condução coercitiva; Guarujá, uma busca e apreensão; Diadema, uma busca e apreensão e uma condução coercitiva; em Santo André, uma busca e apreensão, assim como em Manduri.

No Rio de Janeiro (RJ) estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão. Já em Salvador, na Bahia, são duas buscas e apreensões e uma condução coercitiva.
 
ALETHEIA
Aletheia é uma palavra grega que significa "verdade" e, também, "realidade", "não-oculto", "revelado", entre outras asserções. Na filosofia, notadamente nos escritos do alemão Martin Heidegger (1889-1976), o sentido original de "revelação" é recuperado: para o pensador, aletheia é a verdade objetiva, desvelada, contrapondo-se à verdade descrita convencional.

O termo é comumente usado na psicologia também, quando se trata da busca por uma verdade além das aparências. Heidegger, um dos mais influentes filósofos do século 20, teve a reputação tisnada por colaborar com o nazismo, mas sua obra permaneceu.
 
DELCÍDIO
A ação é realizada um dia após ser revelado um acordo de delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). O parlamentar revelou que Lula mandou comprar o silêncio de Nestor Cerveró e de outras testemunhas.

Detalhes do acordo foram veiculados pelo site da revista "IstoÉ", que publicou reportagem com trechos dos termos de delação. A informação de que Delcídio fechou acordo de delação premiada foi confirmada à Folha por pessoas próximas às investigações da Lava Jato.

O senador também diz que Dilma Rousseff usou sua influência para evitar a punição de empreiteiros, ao nomear o ministro Marcelo Navarro para o STJ. O ministro Teori Zavascki, do STF, decidirá se homologa ou não a delação.
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Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/03/1746231-policia-federal-faz-operacao-na-casa-do-ex-presidente-lula-na-grande-sp.shtml?FOLHA_KEY_1=396a43fc9b996af6da9f519a17824c14&FOLHA_KEY_2=e7af1353802ccc2dfe899e2bbe027942#_=_

Fotografia: fotomontagem que circula pelas redes sociais.

EXTRA EXTRA EXTRA POLÍCIA CERCA O INSTITUTO LULA NESTE MOMENTO, EM SÃO PAULO

Cerca de 200 policiais federais e fiscais da Receita Federal trabalham para cumprir diligências no prédio do filho do ex-presidente Lula, o Lulinha, o conhecido Instituto Lula e na sede da Odebrecht em São Paulo, capital.

 Neste momento o Instituto Lula está cercado pela polícia.
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quinta-feira, 3 de março de 2016

Mais uma de Lula do PT

Imposto sindical bancou campanha de Lula, diz ex-gerente da Petrobras

O ex-gerente de Responsabilidade Social da Petrobras Armando Tripodi afirmou em depoimento concedido ao site institucional "Memória Petrobras" que petroleiros da Bahia usaram o imposto sindical na campanha de Lula à Presidência em 2002.

"Montamos um comitê no sindicato. Aprovamos na assembleia uma contribuição. A categoria aprovou todo imposto sindical da categoria ser destinado à campanha de Lula", disse Tripodi, recordando a participação do Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia na eleição.

A prática é vedada pela legislação eleitoral, que proíbe que sindicatos e entidades de classe façam doações eleitorais. A prestação de contas da campanha de Lula naquele ano não registra nenhum repasse do sindicato.

Tripodi é suspeito de receber propina de um operador da Petrobras por meio da reforma de um apartamento, segundo a Polícia Federal, e prestou depoimento na fase Acarajé da Lava Jato. 

No site, Tripodi, que é conhecido como Bacalhau, afirma ainda que o imposto sindical foi um "recurso fantástico" usado em comunicação e aluguel de veículos para a campanha. "Montamos uma lojinha, fizemos todo um trabalho de mandar matéria para o interior, montar carro, alugamos carro", afirmou o ex-gerente da Petrobras.

Ele lembra que na campanha presidencial anterior, em 1998, conseguiu doação para a compra de um carro de som, "quase um trio elétrico", que depois teria sido doado ao PT.

Mestre em direito público e advogado especializado em direito eleitoral, Tiago Ayres diz que, além de proibir doações de sindicatos a campanhas, a legislação também veta que entidades sindicais arquem diretamente com custos de campanha.

 "Tal conduta seria completamente ilegal. Todas despesas de campanha devem ter sua origem identificada", diz.
 
TRAJETÓRIA
O depoimento de Tripodi ao "Memória Petrobras" foi apagado do site no último dia 23, um dia após a operação da PF, e restabelecido após questionamentos da Folha.

No perfil dele, há a transcrição de 13 páginas de um depoimento de 2003, em que ele conta sua trajetória na Petrobras, no sindicalismo e no PT, onde foi um dos fundadores da "Articulação dos 113", grupo precursor da tendência Construindo um Novo Brasil, de Lula e José Dirceu.

Dá destaque à chegada de Lula ao poder em 2003, levando o grupo de sindicalistas ligados a ele aos principais postos da República.

Tripodi diz que foi escolhido como membro não oficial da equipe de transição. Depois, foi alçado ao cargo de chefe de gabinete da presidência da Petrobras entre 2003 e 2012, nas gestões de José Eduardo Dutra e José Sérgio Gabrielli.

Fala também de um encontro com Lula após as eleições de 2002: "Estava eu e o (Wilson) Santarosa nos corredores ali do início da transição, aí Lula passa. Aí: 'Santa, me belisca, me belisca, me chama de meu presidente, me belisca, me acorda'".
 
OUTRO LADO
Em nota, a Petrobras informou que Tripodi foi destituído da função de gerente no último dia 22 e que iniciou uma apuração interna sobre as suspeitas contra o funcionário. No mesmo dia, o contrato de trabalho foi rescindido a pedido de Tripodi.
 
Questionado sobre o suposto uso de imposto sindical na campanha de 2002, o PT não respondeu. A reportagem não conseguiu contato com Tripodi.
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Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/03/1745736-imposto-sindical-bancou-campanha-de-lula-diz-ex-gerente-da-petrobras.shtml#_=_

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Obras no sítio em Atibaia custaram mais de R$ 1 milhão

As obras no sítio em Atibaia (SP) frequentado pela família do ex-presidente Lula custaram mais de R$ 1 milhão, em valores atualizados, segundo fornecedores de materiais e serviços ouvidos pela Folha, pelo Ministério Público de São Paulo e interlocutores de uma construtora que trabalharam no local a partir do fim de 2010, quando Lula ainda era presidente.
 
Quase a totalidade dos produtos e serviços foi paga em espécie, conduta incomum que levanta a suspeita de que os recursos possam ter origem ilícita. Até agora nenhum dos envolvidos assumiu ter arcado com os valores relativos à construção da edificação que se tornou a principal área do sítio.
Em depoimento na operação Lava Jato, o engenheiro da Odebrecht Frederico Barbosa apontou como uma das executoras das obras uma pequena empreiteira que tem como principal cliente e "parceira" a própria Odebrecht.

A Rodrigues do Prado, construtora de Igaratá, no Vale do Paraíba (SP), que tem como dono Carlos Rodrigues do Prado, atuou na propriedade entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011, segundo Prado relatou a interlocutores.

A lista dos seis principais clientes indicados no site da construtora traz cinco empresas ligadas à Odebrecht: a Construtora Norberto Odebrecht Brasil, a Concessionária Rota das Bandeiras, a CBPO Engenharia, a Odebrecht Serviços de Engenharia e Construção e a Construtora Norberto Odebrecht. A empresa também diz ter "parcerias firmadas" com as empresas do Grupo Odebrecht.

Em petição protocolada no STF (Superior Tribunal Federal) na sexta (26), a defesa de Lula afirma que ele tinha conhecimento que o pecuarista José Carlos Bumlai, preso na Lava Jato, ofereceu a reforma ao petista, de quem é amigo, e "depois, diante de algumas dificuldades técnicas, a obra foi concluída por uma empresa situada a cerca de 50 km do 'Sítio Santa Bárbara'".

Os relatos de Prado e Barbosa indicam que a empreiteira mencionada pelos advogados de Lula é a Rodrigues do Prado. Seu dono disse a interlocutores que entrou na obra por indicação de Barbosa quando ela já estava em andamento, e que à época recebeu R$ 200 mil (R$ 280 mil, atualizados) em espécie.

À Folha, a ex-dona de uma loja de materiais de construção de Atibaia que forneceu produtos disse que a Odebrecht bancou parte das obras, que consumiram R$ 500 mil (R$ 700 mil corrigidos) só em materiais, pagos em espécie. A construtora nega ter assumido esses custos.

Segundo relato do dono da empresa Fernandes dos Anjos e Porto Montagem de Estruturas, Adriano dos Anjos, ao Ministério Público, a empresa recebeu R$ 40 mil (R$ 55 mil atualizados) da Usina São Fernando, pertencente aos filhos de Bumlai, para montar a estrutura de metal do anexo com quatro suítes. Segundo Santos, o serviço foi pago com depósito bancário.

Em janeiro, o marceneiro Antônio Carlos Oliveira Santos, 45, disse ter recebido R$ 5.400 (R$ 7.500 corrigidos) em espécie das mãos de Barbosa por serviços no sítio.
 
OUTRO LADO
Procurada pela reportagem, a Odebrecht disse por meio de nota que a empresa e seus integrantes estão colaborando com as autoridades e que "todos os esclarecimentos estão sendo prestados no âmbito do inquérito em curso, que corre em sigilo".

A Folha pediu à assessoria de Lula uma manifestação sobre o fato de a Odebrecht estar ligada às obras no sítio frequentado por ele. A assessoria, porém, não respondeu especificamente sobre esse tema e pediu a reprodução de nota na qual aponta que Lula e sua família usam o sítio de seus amigos em fins de semana e que tal fato não tem relação com ato ilícito. 

Edificação com quatro suítes

Tamanho: 110 metros quadrados
Quartos: 4m x 4m
Banheiros: 1,5 m x 2m
Corredor: 1,8 m x 9m

Execução das fundações e estrutura de metal (esqueleto do prédio)

F.A. Montagens Industriais
Preço da mão de obra: R$ 55 mil, em valores atualizados (R$ 40 mil à época)
Quem pagou: Usina São Fernando, de José Carlos Bumlai

Preço dos materiais da estrutura: em investigação
Quem pagou: em investigação

Execução da Alvenaria

Construtora Rodrigues Prado
Preço da mão de obra: R$ 280 mil, em valores atualizados (R$200 mil à época)
Quem pagou: em investigação

Preços dos materiais de alvenaria: R$ 700 mil, em valores atualizados (R$ 500 mil à época)
Quem pagou: em investigação
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Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/02/1744493-obras-no-sitio-em-atibaia-custaram-mais-de-r-1-milhao.shtml#_=_
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