Nesta terça-feira, 1 de dezembro, se comemora o Dia Mundial de Luta contra a AIDS.
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O Ministério da Saúde avisa:
"Em queda nos grandes centros urbanos, epidemia cresce no interior do país. De 1997 a 2007, a taxa de incidência cresce em municípios com menos de 50 mil habitantes
Os grandes centros urbanos do país – onde estão concentrados 52% dos casos de aids – registraram queda de 15% na taxa de incidência da doença entre 1997 e 2007. Nesse mesmo período, a incidência nos municípios com menos de 50 mil habitantes dobrou, revelando que a epidemia caminhou para o interior do país. Em 1997, a taxa nas cidades com menos de 50 mil habitantes era cerca de oito vezes menor do que a registrada nas cidades com mais de 500 mil pessoas. Em 2007, essa relação caiu para três vezes.
A análise foi realizada pelo Ministério da Saúde, que elaborou um panorama detalhado dos casos de aids nos 4.867 municípios brasileiros onde já foi notificada, pelo menos, uma ocorrência da doença. O perfil da epidemia está no Boletim Epidemiológico Aids/DST 2009, a ser divulgado nesta quinta-feira, 26 de novembro.
Em municípios com mais de 500 mil pessoas, houve decréscimo da taxa de incidência, entre 1997 e 2007, de 32,3 para 27,4 notificações por 100 mil habitantes. Ao longo desses dez anos, 24 dos 39 municípios com mais de 500 mil habitantes registraram queda significativa na taxa incidência ou se mantiveram estáveis. Como essas 39 cidades são responsáveis por 283.191 casos de aids (52% do total de casos acumulados), mudanças ocorridas ali têm impacto maior para a conformação da epidemia.
No mesmo período, a taxa nas cidades com menos de 50 mil habitantes passou de 4,4 ocorrências em 1997 para 8,2 em 2007. O conjunto das 4.982 cidades com menos de 50 mil habitantes (90% dos municípios brasileiros) concentram 34% da população e 15,4% dos casos de aids identificados no país, em 2007.
“O mapa permite conhecer as diversas epidemias existentes no país e fornecer aos gestores locais os instrumentos para que eles possam adequar as respostas à sua realidade”, afirma a diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Mariângela Simão.
Municípios de médio e grande porte – Dos 100 municípios com mais de 50 mil habitantes que apresentam maior taxa de incidência de aids, os 20 primeiros da lista estão no Sul. A primeira colocada é Porto Alegre (RS) com taxa de incidência de 111,5 por 100 mil habitantes, seguida por Camboriú (SC) com 91,3.
A tendência de crescimento de aids nas cidades menores e queda nas maiores confirma-se nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Mas, Norte e Nordeste apresentam um perfil diferente.
Ocorre aumento da taxa de incidência, quando se compara 1997 com 2007, tanto em municípios grandes quanto em pequenos.
“Os dados justificam a necessidade de contínuo investimento em ações descentralizadas, respeitando as especificidades de cada local, sem perder o foco de que a epidemia, no Brasil, é concentrada”, destaca Mariângela Simão.
Dados gerais – De 1980 a junho de 2009*, foram registrados 544.846 casos de aids no Brasil. Durante esse período, 217.091 mortes ocorreram em decorrência da doença. Por ano, são notificados entre 33 mil e 35 mil novos casos de aids. Em relação ao HIV, a estimativa é de que existam 630 mil pessoas infectadas no país."
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Fonte: http://www.aids.gov.br/data/Pages/LUMISE77B47C8ITEMID0863246E010245EDB538EB99511F42B2PTBRIE.htm
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
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