É difícil a situação dos moradores do Conjunto Tancredo Neves. A cena mais parece aquelas imagens de reportagens de TV sensacionalista em meio ao árido sertão nordestino, cinzento pela seca e a eterna incompetência e irresponsabilidade da classe política.
As ruas se enchem com carroças, carros de mão e transeuntes anônimos carregando seus alforges contemporâneos em busca da rara agua.
Vez por outra uma correria. É o caminhão pipa que acaba de chegar e com ele a festa molhada.
Cidadãos e cidadãs de bem, contribuintes, se aglomeram no entorno de torneiras que pigam preciosas gotas dagua, enquanto a autoridades se reúnem em um restaurante vizinho ao túmulo de Nísia Floresta, para bebemorar e distribuir, entre si e seus afilhados, presentes e deleites pagos com o dinheiro dos que padecem com sede há semanas.
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