segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A ESFINGE DA POLÍTICA BRASILEIRA

Em conversa com uma grande figura de São José de Mipibu, cabra daqueles tempos em que campanha política era regada com muito k-suco em galões de plástico carregados nas costas suadas dos partidários, pelas alamedas da então província tupiniquim, ouvi uma pérola que muito me chamou atenção.


Após muitas conjecturas sobre a campanha política atual, eis que o exímio mestre na arte da negociação dispara:


- Parece que agora não existe mais ninguém disposto a governar, exercer uma mandato com propostas, representar seu Povo, sua terra. Agora o Brasil parece que tem dono. E um dono distante, semi-analfabeto, pingunço declarado, que tem prazer de dizer que não quer ir para uma universidade, mas que é o supra sumo da preferência popular.


Não mais que em um instante, segundo pretendem alguns, o Brasil elegeu, não um presidente, mas um semi-Deus que, nos dias atuais, é quem indica os nomes que irão governar e legislar de norte a sul deste imenso país. Um perigo para a democracia e para as liberdades do Povo brasileiro, que não tem mais, se esta for uma verdade real, o direito de escolher seus representantes, mas obedecer aos desígnios de alguém que não sabe de nada, não vê nada, não ouve nada em seu redor. Mas que sempre repete: ou me decifra ou te devoro!


Talvez seja por esse motivo que ele, a esfinge brasileira, se acha e crê que todo o Povo brasileiro também acredita nisso. Talvez essa seja a essência das bolsas miséria que mantêm no limiar da fome e da ignorância milhões de zumbis sociais.


Está mais do que patente que a crise de identidade da nossa classe política chegou ao seu limite e todos estão, na falta de crédito no meio popular, buscando um papagaio de pirata para aparecer ao seu lado e sair bem na fotografia.


Lamentavelmente estamos sendo sugados para um abismo e, o mais grave, ele olha para nós.

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