Há algum tempo a APAMI de São José de Mipibu, atualmente controlada por dissidentes da família ferreira, vem sendo motivo de notinhas na blogosfera provinciana e até na imprensa estadual. Algumas com o objetivo claro de tentar manter a teta estatal sob exclusivo domínio e para sustento do grupo familiar e outras, menos tendenciosas, incidindo sobre a urgência do fortalecimento do quase já "de cujus" Hospital Regional Monsenhor Antônio Barros. Estas últimas, mais alinhadas com princípios constitucionais, principalmente o da supremacia do interesse público sobre o privado.
E quem achava que a APAMI, que há décadas cambaleava vitimada
pelos achaques e espasmos de irresponsabilidade dos seus proprietários, havia sofrido seu golpe de misericórdia pela determinação do Secretário de Saúde do Rio Grande do Norte, quando impôs o retorno dos profissionais de saúde daquela associação aos quadros estatais, se enganou. Há pouco o Ministério Público Estadual expediu recomendação reforçando a determinação estatal, bem como proibindo que a APAMI venha a se utilizar dos serviços públicos da lavanderia ou qualquer outro, do Hospital Regional Monsenhor Antônio Barros.
Como dizia o saudoso amigo mipibuense Geraldo Benedito, mais
conhecido como Xulapa, "Pelo andar da carruagem, elas deram com os burros na'gua." Ou seja, parafraseado o grande filósofo também mipibuense Luís Fumanxú, "Nadaram, nadaram e morreram na praia."
Na melhor das hipóteses, a menos que se revelem um novo Dom Quixote de La Mancha, que, atolado até o pescoço no lamaçal
cervanteano, agarrou os próprios cabelos e se puxou para fora, Dona Quixote e sua pequena Sancha Pança não terão a mesma sorte.
No caso tupiniquim, o mar de lama é a própria e melhor obra e graça das organizações ferreira. O que outrora era remédio para engorda do clã, a panaceia asclepiana, hoje é a cicuta socrática que insiste em não ser digerida.
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