Passeando pela blogosfera mipibuense, eis que me deparo com uma nota que me chamou atenção, mais pelo caráter da novidade e da relação desta para com as tradições culturais interioranas, do que com o teor moral que a matéria apresenta.
Isto porque é sabido por todos que debaixo das batinas há muita tensão, algumas vezes no sentido longitudinal e outras latitudinal. Esta última por si só, demasiadamente alvejada pelas mídias mundiais, estremeceram as bases do catolicismo moderno.
Mas, como você leitor e leitora já deve estar imaginando, vamos ao que interessa.
No intervalo entre um piscar e olho e o apertar do pitoco que movimenta as telas do computador, leio no Blog da destemida Fran Moura, uma nota que diz que um padre tarado engravidou uma jovem e pretendia que a respectiva realizasse aborto.
Neste momento, lembei-me de um velho amigo que outro dia me contava que um padre de uma cidadezinha do interior namorava uma senhora, mais conhecida pelo apelido de BRANCA. Esta havia lhe presenteado até com uma boa casa. Mas, este padreco namoradorzinho e sem compaixão das pobres donzelas havia se ido embora para outras paragens sem qualquer dó ou mesmo piedade da pobre Branca, deixando-a eternamente a escutar a velha e triste canção de Bartô Galeno, "Só lembranças, só lembranças...".
O episódio atual, divulgado pela Fran Moura, reacende uma das mais antigas lendas de nosso folclore, a "MULA SEM CABEÇA". Segundo contam os mais antigos, a "Mula Sem Cabeça", na verdade, trata-se de uma mulher que namora ou casa-se com um padre. Esse pensamento procura, de forma machista, criminalizar a mulher e responsabilizá-la por amar. O padreco tarado, na verdade, investido da autoridade eclesial e formado para o sacerdócio, deveria ser o único a ser punido pelo desvio próprio de conduta. Posto que nada impede a jovem do seu direito ao amor. Não é crime buscar a felicidade e o prazer. Todavia, é condenável a prática de enganar jovens a quem se deveria ensinar a liturgia.
Amem sem pecado e amém!
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