quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Pesquisa aponta que 67% das adolescentes brasileiras não pedem para o parceiro usar preservativos em todas as relações sexuais

Pelo quarto ano consecutivo, mais de 70 países da Europa, Ásia e América Latina participam do Dia Mundial da Prevenção da Gravidez na Adolescência 2010 (26 de setembro) que este ano tem como tema "Sua Vida Sua Responsabilidade". A adolescência vai de 10 a 19 anos de idade, sendo marcada pela transição da fase infantil para a adulta. Neste contexto, a Organização Mundial da Saúde estima que, anualmente, cerca de 15 milhões de adolescentes ficam grávidas. Uma série de atividades estão marcadas para os próximos dias como parte de ações de conscientização.

Uma pesquisa coordenada pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) em parceria com a Bayer Schering Pharma, com 1.889 mulheres, aponta que 33% tiveram sua primeira relação sexual antes dos 16 anos, sendo que 28% das entrevistadas já fizeram sexo casual, com relação íntima no primeiro encontro. Os dados sobre uso de métodos CONTRACEPTIVOS revelam ainda um índice alarmante: 67% das mulheres não pedem para o parceiro usar PRESERVATIVOS em todas as relações sexuais, demonstrando a fragilidade na preocupação com o contágio de DSTS.

O laboratório farmacêutico fez uma pesquisa mundial com mais de 5 mil adolescentes de 25 países da Ásia, Europa, América do Norte e América Latina, incluindo o Brasil. O estudo revela que 60% das adolescentes do sexo feminino e 55% do sexo masculino consideram que falar com sua parceira sobre contracepção seja um tema "difícil". Na América Latina, apesar de 32% dos jovens classificarem o método CONTRACEPTIVO como a parte mais importante da relação sexual, 56% admitem terem tido relações com um novo parceiro sem o uso de anticonceptivos.

Outra pesquisa é a "Qualidade de vida entre adolescentes mães e não mães". A iniciativa é um levantamento com 116 adolescentes do sexo feminino do setor de Planejamento Familiar da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - com 40 mães e 76 não mães. O estudo aponta que apesar de ambos os grupos terem a mesma escolaridade (9,3 anos de estudo), apenas 30% das mães adolescentes frequentavam a escola com regularidade, sendo que 57,5% interromperam os estudos ao se tornarem mães e somente 27,5% destas retornaram a escola.

O estudo revela ainda que 36,7% das mães não trabalham para cuidar dos filhos e 67,5% destas tem renda familiar inferior a três e meio salários mínimos. "A jovem que engravida, especialmente quando há baixo nível socioeconômico, é direcionada para a responsabilidade da criação do filho e do encargo doméstico o que a faz interromper os estudos. Consequentemente, isto a afasta do mercado de trabalho e perpetua a sua dependência financeira", afirma a Dra. Cristina Guazzelli professora adjunta do Departamento de Obstetrícia da Unifesp.

Estados de São Paulo e Rio de Janeiro terão ações de conscientização

Uma série de ações estão marcadas para os próximos dias, incluindo a revoada de 3 mil bexigas na Avenida Paulista, em São Paulo, às 14h.As campanhas são patrocinadas mundialmente pela Bayer Schering Pharma. No Brasil, a iniciativa conta com o apoio da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e do Canal Futura.
Mais informações nos sites www.vivasuavida.com.br, www.your-life.com, www.celsam.org e www.programa-ato.com.br.

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